Desafio... 17 dias, 7 livros!

De repente você acorda e tem tudo cronometrado. Da ida à padaria até o horário de ir dormir. Na próxima consulta ao relógio descobre que tem muito o que fazer antes das 15:00. Na próxima já está atrasada para faculdade...
E o tempo para ler os livros? Para deixar de ser apenas você e habitar personagens, histórias, sonhos, desenganos? Para gestar novas ideias? Fica espremido, contido, "roubado da rotina". É quase um crime se dar 6 horas para ler.
Finalmente a escola em que eu trabalho entrou em recesso e tenho 17 dias.... 17 doces dias até que venham as crianças novamente e o tempo seja condensado entre as necessidades que não podem esperar o (?) ócio.


Pensando nisso e inspirada pelo presente que ganhei do amigo secreto eu e propus um desafio literário: ler 6 livros e acabar mais 1 em 17 dias.

Vamos começar pelo livro que me deu a inspiração para o desafio:


Doctor Who: 12 Doutores 12 Histórias.  Editora: Fantástica Rocco, 478 páginas. São 12 históras inspiradas na série da BBC.  Já li a primeira história e gostei muito.... Lendo a Segunda.

Visitei uma amiga que tem acesso a muitos livros e trouxe mais 5 para casa. A escolha foi aleatória, olhei e pensei...Por que não?




NOVE NOITES, BERNARDO CARVALHO. Editora: COMPANHIA DE BOLSO, 150 pgs. Não conheço nada ainda sobre o autor  Sobre o livro sei que tem relatos sobre a vida e morte do Antropólogo norte americano Buell Quain.


A MORTE DE IVAN ILITCH, Lev Tolstói. Editora 34, 92 págs. E novamente o tema da morte.... é quase uma piada pessoal.
ÍRIS: Uma despedida. Gudurun Mebs e Beatriz Martín Vidal. Editora Pulo do Gato, 76 págs.  A capa desse livro é tão maravilhosa que não pude deixar passar.  Novamente os temas de despedida... adeus.
Contos de Machado de Assis, Editora Melhoramentos, 267 pags. São 14 contos de Machado de Assis. Já li "A teoria do Medalhão" e achei ácido e engraçado. Eu vou lembrar desse conto cada vez que me deparar com um "coxinha".

Em algum lugar do paraíso. Luis Fernando Veríssimo. Editora Objetiva. São 41 crõnicas que vão desde as "fantasias sobre o primeiro homem até a angústia sobre a passagem incontornável do tempo". Já li três e estou gostando muito.





E por fim estou terminando O Festim dos Corvos, de George. R. R. Martin, quarto livro da série As Crônicas de Gelo e Fogo. Editora Leya, 1094 páginas (edição de bolso).  Esse eu estou lendo a alguns meses, estou na página 762. A imagem acima não é minha por que esse box que eu ganhei do esposo teve muitos problemas de entrega, e tem folhas que nem foram cortadas direito. Triste. Eu pretendo comprar um box melhor.

É isso tenho até dia 04 de janeiro para ler esses livros. Será que eu consigo? Vou ler todos simultaneamente. Farei um relato de cada um ao fim desse período...



Beijo e até logo!


Belas palavras terríveis significados

Tenho lido na internet, visto na TV e presenciado discursos de ódio e de apologia ao elitismo. Seja pelas escolhas políticas das últimas eleições ou pessoas que abusam de seus cargos para banalizar a lei, seja por instituições e pessoas que defendam que a Educação deve eleger e não receber e ensinar aos alunos em sua diversidade.






Aqui está o meu desabafo a essas pessoas que enganam aos outros pelas palavras belas, pela tentativa de disfarçar seu preconceito sob palavras belas:





Vamos voltar no tempo. A um tempo em que só uns poucos que por nascimento ou apadrinhamento tinham acesso a conhecimento. Vamos voltar no tempo e controlar as palavras que podem ser ditas e quem as dirá. Um jogo de cartas marcadas é, com certeza, muito mais cômodo. A vida não terá surpresas: terás tua sina escrita, no momento em que fores concebido: Um viverá até os seis anos, depois de cumprir suas obrigações; ser desnutrido, trabalhar ao lado da mãe e irmãos numa indústria de carvão e jamais tocar num livro ou conhecer as palavras. De sua boca não sairão palavras, sairão os gemidos de um dialeto bárbaro falado pelas gentes ralé.
Outro viverá até os oitenta, terá conhecido uma infância de brinquedos e doçuras, lerá a real literatura, conhecerá os sábios e distintos autores, quando jovem conhecerá o mundo, sem se impressionar com beleza alguma, atingirá a idade adulta com diplomas e graduações e terá uma mulher e filho que serão seu reino e seus súditos, não exporá sua cria ao horror de conviver com os de desbastado nascimento e àqueles tolos que propagam a diversidade e a igualdade.
Este último rirá quando convidarem a um evento populista ou fizerem um esdrúxulo elogio a um novo autor que falará sobre explorador e explorados, pois é assim que o mundo é e ninguém precisaria dizer como as coisas discorrem. Basta seguir no caminho virtuoso, perseguir o coração majestoso com os seus e não olhar para os lados....




Eu me impressiono com comentários de gente que quer exatamente isso. Que culpa a democracia pela miséria, pela violência ou banalidades. A cultura está errada por que vem de gente que não entende de nada, nem de si. As relações estão erradas por que não seguem um modelo ideal. O desrespeito é culpa dessa igualdade. É fácil resumir os defeitos a fatores externos. É fácil culpar alguém por problemas. Você culpa, você não se coloca no problema e principalmente não se transforma em solução. É incrível que depois do holocausto alguém ainda ache inteligente culpar negros, nordestinos, pobres,latinos, gays, religiosos desse ou daquele grupo por seus problemas.
 

Laura Chupa essa Manga! Atualizando o peso...

Corre, corre, corre, cuida de aluno, cuida de filho, cuida dos estudos, corre para lá, corre para cá....
E lá se foram 3 quilos. Não vou postar foto por que estou precisando me cuidar melhor antes disso...
Então é isso 68 quilos.

#Laurachupaessamanga – Atingindo a meta

Olá! O blog Laura, chupa essa manga foi criado para relatar minha experiência de cirurgia bariátrica. Cobriu boa parte dos meus 1000 dias em busca de saúde.

Eu parei de publicar lá pois perdi o acesso ao login (coisas entre o Ig e o Gmail), mas o blog já estava com os dias contados. Hoje dia 14/09/2014 fazem 1085 dias que tomei a decisão de operar. 


De lá para cá foram indas e vindas com planos de saúde, mudança de médico, de equipe, de técnica. De lá para cá muita coisa mudou. Eu já cheguei a pesar mais de 130 kilos. Hoje eu peso exatamente 71 quilos. No dia da cirurgia eu pesava 123 kilos, no processo pós cirúrgico eliminei 52 quilos. É muita diferença em apenas 1 ano e 7 meses de operação.


Final da história? Não. Eu terei a vida inteira lutando com a balança. Me policiando. Comendo bem. Tomando vitaminas. E vamos deixar claro que minha alimentação é normal agora. Eu não uso adoçante para tudo, nem como só  ricota. É arroz e feijão, carne e salada, frutas, legumes. É uma coxinha de vez em quando. Um docinho de vez em quando. Mas a quantidade que cabe é bem menor. E isso é uma benção.

Ainda quero fazer as cirurgias reparadoras de mama e abdômen (e se puder as coxas também) mas isso terá de ser daqui a alguns anos. Eu não tenho plano de saúde (lembra? Sou a leprosa para essas empresas, vou causar prejuízo), demandam um afastamento do trabalho que eu faço (acabo de começara trabalhar como berçarista numa escola de educação infantil). Não é fácil conviver com um corpo desforme. Vocês vão achar exagero mas, quando deito, as águas correm para todos os lados...
E refazer a imagem corporal é difícil. Eu ainda compro calças grandes demais, insisto em pedir tudo GG. Autoimagem é uma coisa complicada. Antes não me via gorda. Hoje não me vejo magra (talvez por que eu não seja ).

Preciso agradecer a minha família, principalmente meu esposo Clayton, minhas filhas, minha mãe e meu pai. Aguentar um operado, uma pessoa surtando no processo de mudança não é fácil.  Ninguém em casa ficou passando com doce  para me provocar, ou tentou desacreditar o meu processo de emagrecimento. Todos tiveram paciência comigo, me apoiara e me ajudaram muito.  

Obrigada e que venham mais 10.000 dias de saúde. 





Fazedores de Sonhos

  

Compreendo agora muitas reclamações que ouvi num passado recente: O mundo anda cansado e indisposto a gentileza. Chama atenção a falta de compromisso com o próximo. A paciência está, definitivamente, fora de moda.
   Nossas vozes clamam por serem ouvidas, aplaudidas e lembradas. Mas já não temos tempo para ouvir, aplaudir( embora tenhamos para curtir o que nossos "amigos" postam nas redes sociais).
   E lembrar o quê? Temos tempo de lembrar tudo aquilo que nos esmeramos em registrar, as informações preciosíssimas que geramos cada vez mais...
Certo está um amigo que diz : O propósito é importante. "Valar Dohaeris" - Todo homem deve servir¹. Há homens que queiram servir? Que se proponham a potencializar a ação do outro, que sirvam como meio para a realização dos outros?
 Propagam-se os sonhadores, mas os fazedores de sonhos são poucos.

1-Ditado dito em Alto Valiriano, língua fictícia do universo da série de livros "O Jogo dos Tronos" de George R.R. Martin. Outro ditado desse universo é "Valar Morghulis" -  Todo homem deve morrer, mas esse ditado eu comento em outra postagem.


A vida muda o tempo todo



Antes eu tinha todo o tempo. Agora uso quase que em totalidade.  Os espaços para os devaneios são poucos. Mas da beleza e da tristeza de várias situações é que tiramos lições e mudamos. Não deixamos de ser nós mesmos, mas passamos a ser mais do que antes.

A rotina muda, mas aprendemos o quanto conseguimos crescer quando temos um time ao nosso lado. Minhas filhas e esposo, meus amigos, têm sido o time mais maravilhoso com quem posso contar.
Fazem algo que eu pensava difícil bem mais prazeroso.

Obrigada.

BRASIL



De repente do riso fez-se o choro
Da vibração vem a angústia.
Já não vemos nada como antes
De repente, voltam os medos verdadeiros
Sobe o pano do pantomimeiro
O céu é treva
O concreto pede por lágrimas
A vida segue.
Fica na garganta o gosto amargo do desgosto
A tristeza
O terror.

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